terça-feira, 18 de maio de 2010

Jornalistas dos sites ClicRBS e Correio do Povo dividem suas experiências com os estudantes


Tafa Medeiros e Thays Leães

André Roca, editor do ClicEsportes e Marcio Gomes, diretor de conteúdo do Correio do Povo online estiveram no IPA, na noite de segunda-feira (17), para um conversa com os alunos do 7º semestre de jornalismo. As dificuldades da profissão e as novas ferramentas no webjornalismo foram os assuntos predominantes da conversa.

Os dois jornalistas salientaram a dificuldade de encontrar um profissional novo no mercado com um bom texto. Roca atribui uma boa redação com o fato de o profissional ter que ler muito e se dedicar saber sobre tudo o que está acontecendo, nas diferentes editorias. “O feijão com arroz não é feio e, muitas vezes, necessário em um texto de webjornalismo”, afirma.
Marcio Gomes concordou com Andre Roca, acrescentando que a notícia principal deve estar nos dói primeiros parágrafos. “É claro que ainda há espaço para o nariz de cera, mas a criatividade só pode ser usada após estar o principal no início da matéria”, conta.
Outro ponto citado pelos profissionais foi a necessidade de estar sempre atualizado nas mais diversas editorias. “Claro que sempre cominaremos uma área. Mas precisamos saber o que está acontecendo no mundo, pois, é inevitável que um dia se trabalhe para outras editorias, em uma grande empresa”, salienta o editor do clicEsportes.
O Twitter também entrou na pauta da noite. Enquanto Andre Roca disse não ser indispensável, mas importante para um formador de opinião, Marcio Gomes se posicionou dizendo que, “assim como é normal ler jornal, ver TV e ouvir rádio, é necessário estar conectado ao Twitter”.
A questão da necessidade do diploma foi considerada importante pelos convidados da noite, que se posicionaram a favor do diploma, lembrando que Grupo RBS e Correio do Povo só aceitam profissionais de jornalismo com curso superior.
Roca e Gomes encerraram falando sobre a preparação dos veículos para a Copa do Mundo da África. Os dois jornalistas afirmaram estar envolvidos com o evento há em torno de dois meses. Essa questão levantou a diferença nas estruturas dos dois grupos. Enquanto a RBS contará com cerca de 20 profissionais na África do Sul, o Correio do Povo, segundo Gomes, mandará um ou dois funcionários.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Coletiva de Imprensa com Márcio Gomes e André Roca

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Cobertura dos Laboratórios de Informática do Campus Central do IPA

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tafa Medeiros

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Enquanto o Estado de S. Paulo revela, a Folha de S. Paulo defende



Tafa Medeiros

Repara diferença entre as chamadas nas páginas iniciais de www.estadao.com.br e de www.folha.uol.com.br, do dia 10 de junho! Vamos a elas...
“Neto de Sarney foi beneficiado”, O Estado de S. Paulo.
“Sarney nega que neto tenha sido contratado por ato secreto do Senado”, Folha.


Notou os lados opostos? Agora vou explicar a origem...
Essas manchetes fazem referência aos cerca de 300 “atos secretos” para favorecer parentes de deputados e ex-deputados, que a Fundação Getúlio Vargas descobriu em mais uma auditoria dentro do circo Senado. O destaque vai para o neto do Presidente do Senado, José Sarney (PMDB), conhecido do povo brasileiro e de uma índole, no mínimo, duvidosa.
Pois bem... O nome do rapaz é João Fernando Michels Gonçalves Sarney, 22 anos, que está perto de encerrar o curso superior de administração em uma faculdade privada de Brasília. O jovem ganhou o salário dos sonhos de muitos profissionais de carreira por um ano e oito meses, no cargo de mamador secretário parlamentar. O salário? Uma bagatela de R$ 7.600,00 (o equivalente a um pouco menos de 15 salários mínimos, segundo a aprovação do piso regional gaúcho, no último dia 9).

Voltando ao por que das manchetes...
O Presidente, que recentemente voltou as manchetes quando devolveu quase R$ 80mil, que vinha recebendo do auxílio-moradia desde 2007, sendo que tem uma mansão no Lago Sul em Brasília, tem um interessante apoio da Folha de S. Paulo. Não esquecendo que, na condição de presidente, mora em uma casa paga pelo povo brasileiro.
O que a Folha de S. Paulo tem a ver com isso? E porque tenta defender Sarney de acusações comprovadas em documentos? Essa pergunta fica na cabeça de todos que acompanham os principais jornais do Brasil e vê José Sarney, como colunista da Folha, toda a sexta-feira.
“Sarney está em todas, é um caso perdido, não consegue conviver com a retidão. Sua eleição pelo estado do Amapá foi irregular, seu império jornalístico é irregular, suas ligações com o Banco Santos eram irregulares, o indecente curral eleitoral que instalou no Maranhão é irregular e sua filha retornou ao governo do Maranhão no tapetão, tremenda irregularidade. Ela perdeu a eleição e se o ganhador foi condenado por crime eleitoral, que se faça nova eleição”, Fernando de Barros Silva,editor de “Brasil” – editoria política da Folha - na nobilíssima página 2 de segunda-feira (20/4).
A Folha cada vez mais se apequena por um político que retorna a cena, após inúmeros escândalos em sua vida política. Esse foi só mais um episódio que não só o Estado de S. Paulo, mas todo o País denunciou e a Folha procurou um jeito de amenizar a situação.
A imprensa perde ao ver um grande jornal de expressão nacional se rebaixar a esse gesto de manter Sarney em suas páginas e, principalmente, o Brasil perde ao confrontar notícias de uma imprensa que deveria andar para apenas uma lado, a verdade.

terça-feira, 28 de abril de 2009

A assessoria e a política



Lisiana dos Santos é jornalista, 35 anos, formada na Famecos, PUC/RS, em 1996. Com especialização em Jornalismo e Teoria da Comunicação de Massa também pela Famecos. Desde 2003, trabalha na assessoria de imprensa do deputado Heitor Schuch (PSB), na Assembléia Legislativa. Com passagens pelos jornais Correio do Povo e Zero Hora, sempre na editoria de Economia/Rural, além de assessoria de imprensa da Fetag/RS, a jornalista conta o dia-a-dia de um assessor no meio da política.

Há quanto tempo trabalha especificamente na área política? Teve alguma outra experiência?
Lisiana - Na Assembléia Legislativa, como assessora de imprensa de um parlamentar trabalho há seis anos, desde 2003. Antes disso já havia tido experiência na área política como estagiária, por um ano, em 1995, e já formada nos dois anos seguintes, também na Assembléia, porém com um outro parlamentar. Fora isso, trabalhei por três anos no Correio do Povo e por outros três na Zero Hora, ambos na editoria de agronegócio. No meio disso também prestei assessoria de imprensa para a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS).

Qual a rotina do assessor de imprensa de um político?
Lisiana - A rotina depende muito da agenda do assessorado, mas, basicamente, é preciso estar muito bem informado, por isso a leitura obrigatória de todos os jornais e revistas mais importantes do país, assim como o acompanhamento das notícias dos veículos das regiões de interesse do deputado. Fazer taxação do material, preparar releases, acompanhar audiências, fotografar, produzir os informativos e boletins, agendar entrevistas de rádios, são algumas atividades de um assessor de imprensa político.

Qual a relação com o cliente, no teu caso, com o deputado estadual?
Lisiana - A relação é um pouco diferente, imagino, do que seria com um “cliente normal”, em função de que, por ser uma estrutura mais enxuta em um gabinete, a relação acaba sendo mais pessoal. O contato com o assessorado é direto e diário. Por um lado, isso é bom, porque, quanto mais se conhece o “cliente”, mais fácil fica o trabalho de assessoria. Por outro, é preciso saber impor limites e delimitar o espaço de trabalho, além da questão pessoal.

Qual a relação com a imprensa?
Lisiana - A relação com a imprensa tende a ser tranqüila, mas isso depende muito do perfil do político e também do assessor, que precisam manter uma relação boa para o trabalho fluir. É preciso, antes de tudo, ter muito claro quando o que se quer divulgar é realmente notícia e poderá interessar a imprensa. Não adianta ficar tentando “empurrar” qualquer coisa e depois ficar pressionando para que saia nos jornais e rádios. Antes de tudo, discernimento é fundamental.

Quais as diferenças nas matérias que tu escreve em relação à de assessores de outras áreas?
Lisiana - A diferença básica acho que está no fato de que um release político permite muito mais um caráter opinativo, diferentemente de outras áreas.

Na tua opinião assessoria de imprensa está mais próxima do Jornalismo ou do Marketing?
Lisiana - Do jornalismo, sem dúvida. Porque trabalhamos antes de tudo com notícias, com fatos, mesmo podendo, na sua divulgação usar um pouco mais do recurso de “opinião” do que em outras áreas.

O universo político acolhe bem o assessor?
Lisiana - Creio que na maioria dos casos sim. O que ocorre às vezes é muitos políticos pensam que tudo o que ele faz é “notícia” e deve sair na mídia. O bom assessorado é aquele que entende e respeita o assessor de imprensa, o trabalho, e suas ponderações.

Quais as maiores vantagens e desvantagens de assessorar politicos?
Lisiana - A questão salarial, sem dúvida, está entre as vantagens da assessoria política. Via de regra, paga-se mais do que em redações. A questão de horário, pelo menos no meu caso também é uma vantagem. Em jornais, rádio, TV não existem feriados e finais de semana, enquanto que na assessoria política a rotina, normalmente, é mais tranqüila. A desvantagem está na questão de identificação. Se o assessor não comunga da ideologia/perfil político de seu assessorado, com certeza, o trabalho torna-se mais difícil. Mas, o mais importante é gostar do que se faz. Nisso reside a maior vantagem.

Nos dias atuais você considera a assessoria de imprensa indispensável na vida de um politico?
Lisiana - Completamente indispensável. O político que não “aparece” na mídia não existe.

E a questão da ética? Na assessoria ela é diferenciada?
Lisiana - Acho que não existe ética diferenciada. Ética se tem ou não! Não é uma questão relativa. Na assessoria ela deve ser observada tanto quanto em qualquer outra atividade jornalística. Pelo menos para os bons profissionais, que respeitam a profissão e a sua própria moral.

Na tua opinião, o meio político é muito conservador, ou aceita inovações de parte do assessor?
Lisiana - Mais uma vez, depende muito do assessorado, do seu perfil, da sua idade, entre outras coisas. Mas, de um modo geral, acho que há espaço para inovações sim.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Meu único amor




Tafa Medeiros

Um amor inexplicável, capaz de mexer com os sentimentos mais obscuros de uma pessoa. Não um amor carnal, mas puramente sentimental. Assim me sinto a cada título, a cada gol, a cada defesa, como a do inesquecível Clemer de mão trocada nos últimos minutos do jogo histórico de 2006, quando Ronaldinho Gaúcho, Deco, Puyol e companhia amargaram a derrota para uma zebra, que listava o mundo de vermelho e branco. Ou, voltando um pouco no tempo, quando rasgamos a camiseta do então temível São Paulo de Rogério Ceni. Empilhamos taças às vésperas do centenário, para que não faltasse nada no dia 4 de abril de 2009.


Nessa época que se aproxima, qualquer lembrança faz qualquer colorado de coração encher os olhos de lágrimas. 100 anos do mortal que sempre resistiu e evitou a segunda divisão, como na vez em que o capitão Dunga raspou a bola e fez o gol contra o Palmeiras que nos livrou rebaixamento. Do mortal que conquistou todos os títulos possíveis, inclusive a sul-americana em um jogo dramático (o mais apreensivo que já assiti no Gigante). Do mortal que arrecada contribuições de nada menos que 80 mil pessoas que acreditam no projeto vencedor do clube de futebol mais estruturado do Brasil... Enfim, o mortal que pensa na torcida e, principalmente, nos títulos.


Quantas vezes falamos mal? Saímos tristes do nosso estádio? Fomos até o Portão 8 protestar? Mas agora pensa... Quantas vezes saímos alegres do estádio que guarda inúmeras taças? Quantas vezes gritamos um nome com tanto orgulho, lembrando o Capitão Planeta (Uh! Fernandão, Uh! Fernandão). Quantas vezes vencemos?

Pensou? Então concluiu que somos sim um clube vencedor, aguerrido, que não desiste, e que é apaixonado pelo povo vermelho.


Parabéns a direção que, ao contrário dos clubes brasileiros que comemoraram o centenário em um ano vergonhoso, vem fazendo um lindo trabalho junto com a torcida, com eventos, festa e títulos. A Taça Fernando Carvalho foi o início e, pelo que se encaminha, Fábio Koff terá que se instalar no Beira-Rio. O favorito para a Copa do Brasil? Sim. O favorito para o Campeonato Brasileiro? Sim. Para a Sul-Americana? Sim. Pois é assim que se faz um time grande, somos favoritos sempre.


Deixo aqui meu abraço ao povo gaúcho, inclusive aos gremistas, que em um momento desse devem saber reconhecer o que o co-irmão já fez pelo Estado. E mais que especial, minha lembrança aos colorados que me emocionam a cada Beira-Rio lotado. Aproveitem o nosso dia e pintem, mais uma vez, o mundo de vermelho.


Obrigado Inter!


sexta-feira, 27 de março de 2009

“Minha casa, minha vida”

Foto: Internet
Lula e Serra

Por Tafa Medeiros

Inicio salientando que não estou escrevendo com o intuito de defender uma sigla ou um governo. Hoje estava pensando o quanto a política cada se fortifica mais no nosso País. Não no sentindo de buscar o melhor para o povo, mas de buscar o melhor para si.

Fiquei pasmo nessa manhã ao acompanhar um debate que tratava da intenção eleitoreira ou não do governo Lula ao divulgar a construção de 1 milhão de casas populares em 2009, através do programa “Minha casa, minha vida”. O que estamos tratando é de moradias dignas para pessoas que vivem em condições precárias nos subúrbios que estão espalhado pelo Brasil. É inaceitável que existam pessoas contra ao projeto, principalmente se tratando da oposição que, na verdade, não quer o projeto com me fortalecer a atual situação, que comanda a nação.

Óbvio que precisa ser fiscalizado esse e todos os projetos antes, durante e após a sua execução. Acompanhar de perto as verbas usadas para a construção, a distribuição dessas casas para que não formem novos guetos, a escolha dos contemplados e o aproveitamento do governo sobre o projeto. Mas devemos também lembrar que em meio a crise, esse projeto levará dinheiro a muitas famílias de vido a geração de emprego (o programa prevê 1,5 milhão de novos postos de trabalho), além de dar moradia digna à 4 milhões de pessoas, considerando que pessoas por família.

É uma maneira de angariar votos? Sim. Mas há uma gama de coisas que andam junto com essa busca de votos. E falando nisso, às vezes me pergunto porque estou em frente a televisão vendo projetos executados pelo Serra em São Paulo, sendo que moro no Rio Grande do Sul... Tudo é política, mas é através dela que as coisas acontecem, ou deveriam.

A política brasileira cada vez mais se divide em 3 bolcos, a situação, a oposição e os radicais (aqueles que são contra tudo e nunca vão chegar ao poder). Assim está o Brasil, em uma guerra interna de siglas, o que leva a divulgação diária de novos escândalos, que envolve todos os partidos, eu disse TODOS. De repente essa é a única hora que todos se unem, no banco dos réus.

terça-feira, 24 de março de 2009

O “bom dia” gravado no rádio

Por Tafael Medeiros
Foto: Divulgação

Túlio Milman

Hoje, por volta das 7h 45min, estava me dirigindo para mais uma aula de Projeto de Jornalismo em Mídia Digital. Como de costume acompanhava a Rádio Gaúcha, desde a minha saída de Butiá até a chegada ao IPA.

O apresentador do programa Gaúcha Hoje, Antônio Carlos Macedo, chamou o comentário diário do apresentador do Teledomingo, Túlio Milman. Túlio levantou uma polêmica que, pelo jeito, está dando o que falar entre os funcionários da rádio de maior audiência no Rio Grande do Sul.
Milman não faz seu comentário ao vivo na segunda-feira. Isso porque ele faz a apresentação do programa de TV no domingo de madrugada e se diz sem condições de acordar cedo para falar na rádio. Por não entrar ao vivo, ele não dá “bom dia” aos ouvintes, devido a uma ordem interna.

Túlio reclamou com Macedo, que estavam chamando ele de mal educado por entrar no ar de manhã e não cumprimentar a todos. Macedo disse que não era o único responsável pela decisão, mas que um grupo de pessoas, que não incluía o comentarista, decidiu que quem entrasse com gravação não deveria dar bom dia.
O comentarista sugeriu que desse o “bom dia” e, logo após, dissesse que o comentário estava sendo gravado. A reivindicação não surtiu efeito e ficou um clima pesado no ar. Túlio Milman não comentou nenhum assunto e desligou o telefone.

Por uma questão de educação seria mais apropriada a idéia de dar o bom dia e salientar que o comentário estava sendo gravado. Assim a educação e a verdade andariam juntas, mas nomes fortes, chamados dinossauros, ainda tem a voz ativa em grandes veículos de comunicação.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Em Butiá, prefeito veta criação de cargos de comissão na Câmara de Vereadores

Foto: Jornal Sobral

Malta vetou o Projeto de Lei 2666


Após repercussão estadual, o projeto de lei 2666/2009, que foi aprovado por cinco votos a três na Câmara de Vereadores de Butiá ganha um novo capítulo. O Prefeito Sérgio Malta (PPS) vetou a criação de 11 cargos de assessor para servir o legislativo municipal.
Sérgio Malta fez o que era esperado pela maioria da população butiaense. Vetou o que seria uma novidade no município. Do gabinete da Prefeitura Municipal de Butiá, o prefeito confirmou o veto na última terça-feira, dia 17.

“Fundamento o veto desta lei, devido à inconstitucionalidade dos princípios da administração e da constituição, que são os dá impessoalidade, igualdade, moralidade, finalidade e da supremacia do interesse público”, justifica Malta.

O prefeito contou que impessoalidade se refere a dar condições de igualdade para todas as pessoas, que pode ser oferecida através de concurso público. Moralidade devido à contensão de despesas em conseqüência da crise econômica mundial, sendo que os servidores custariam, anualmente, R$ 150 mil aos cofres públicos. Isso se iguala aos vencimentos de todos trabalhadores da Secretaria Municipal de Trabalho, Cidadania e Assistência Social de Butiá. Finalidade porque, segundo Malta, a justificativa do projeto não está em harmonia com seu texto, sendo que o objeto do projeto de lei não cria estrutura que melhore a prestação de serviço público.“Está claro que esses cargos em comissão foram criados apenas para acomodar pessoas”, afirma Malta.

Quanto ao princípio da supremacia do interesse público o prefeito conta que o inchaço da folha do legislativo eleva o gasto do dinheiro público sem nenhum planejamento prévio. “A falta desses resguardos leva, por lei, até mesmo a caracterização de improbidade administrativa”, assegura Malta.

A Câmara tem 30 dias para analisar o veto e decidir se mantém ou derruba a decisão do prefeito. Se houver a derrubada do veto, o prefeito Sérgio Malta garantiu que não irá sancionar a lei. Após isso, o projeto retorna ao legislativo, onde o presidente da casa, Dedé Tintas (PP), provavelmente sancionará. “Se o presidente da Câmara sancionar, o Poder Executivo acionará o Poder Judiciário para que se manifeste com relação à constitucionalidade deste projeto”, encerra Sérgio Malta.


O que diz o autor do projeto

O presidente do legislativo Walneci Dietrich, popular Dedé Tintas, defende seu projeto afirmando que a Câmara de Vereadores tem carências nas áreas que ele indicou que sejam criados os cargos de comissão. “Em legislaturas passadas esses cargos eram ocupados por estagiários, o que caracterizava desvio de função, passível de apontamento pelo Tribunal de Contas”, defendeu Dedé Tintas.

Segundo o presidente, o custo benefício será maior, em relação aos estagiários, por ter maior número de horas com um custo mínimo.“Não está descartada a utilização de estudantes nesses cargos, como mencionados pelos vereadores contrários a esse projeto”, disse Dedé.

Quando indagado sobre possível realização de audiência pública, Dedé deixou claro que não adianta tomar essa medida. “Quem vota é o vereador”, afirma.

O vereador encerrou garantindo que o projeto prevê a contratação de servidor técnico, como Assessor Jurídico que, segundo ele, é uma função da qual é extremamente dependente o legislativo municipal, sendo que precisam do assessoramento administrativo e interpretação de leis.

Os outros edis a favor do projeto são Paulo Rogério Lopes (PP), Rita Elaine (PP), José Rott (PTB), Oliveira Pena Branca (PTB) e Eliseu Andrin (PPS).

Se criados, esses cargos serão de livre nomeação e exoneração do presidente da casa, Dedé Tintas.


Nove vereadores, quatro de situação, três votos contra

As bancadas da situação, que apóiam o prefeito, são formadas pelo PT e pelo PPS, com dois vereadores de cada legenda. O vereador Luís Ricardo (PPS) apresentou três emendas. Uma que suprimia a contratação do assessor de imprensa, uma diminuindo o salário do assessor jurídico e outra passando para Padrão II o salário do Chefe de Gabinete do presidente da casa. Todas foram rejeitadas.

Outro contrário foi Guilherme Machado (PT) que disse ter convicção que, mesmo que executado o projeto, o Ministério Público ou o Tribunal de Contas derrubará essa Lei. Daniel Almeida (PT) foi o mais agitado na sessão que durou mais de três horas no dia 2 de março, sendo até ameaçado de expulsão pelo presidente Dedé. Ele citou um processo semelhante em Cachoerinha, que contratou 10 pessoas nessas condições e foi derrubado, através de uma ação direta do Ministério Público.

O vereador Eliseu Andrin não seguiu a idéia do partido e nem a do prefeito Sérgio Malta, companheiro de sigla. Além de votar a favor do projeto, apresentou uma emenda, aprovada pela maioria dos vereadores, que aumenta os vencimentos dos novos contratados.


Entenda o Projeto de Lei 2666

Com a aprovação deste projeto, ficam criados no quadro de pessoal da Câmara de Vereadores oito cargos de comissão de Assessor Parlamentar e um Assessor de Imprensa, Padrão II, com salários de R$ 482,71 e um Chefe de Gabinete da Presidência, Padrão III, com salário de R$ 650,60. Ambos com exigência de ensino fundamental completo e 40h semanais, com exceção do assessor de imprensa, que terá carga horária de 20h semanais.

Além desses, foi proposto a criação de um cargo para Diretor Administrativo com ensino médio completo, Padrão V, recebendo R$ 1759,22 mensais, que terá carga horária de 40h semanais e de um Assessor Jurídico, Padrão VI, com salário de R$ 2.000,00 e uma carga horária de 33h semanais.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Salvo pela Sul-Americana

Por Tafael Medeiros



Foi assim o final de ano do Internacional, um time que iniciou a temporada de 2008 com um surpreendente 8 a 1 no rival Juventude, conquistando o 38º título gaúcho, termina como o primeiro brasileiro a ganhar a Sul-Americana, desbancando o sempre perigoso Boca Juniors, que não perdia na Bombonera, em competições internacionais, há 5 anos e batendo o Estudiantes, que não perdia no seu estádio há 43 jogos.

Um final de ano perfeito? Não. Um time que tem uma folha de pagamento de R$ 3,2 milhões está no modesto 6º lugar no Campeonato Brasileiro e não tem mais chances de beliscar, nem se quer, uma vaga para a Libertadores 2009, ano em que o clube comemora 100 anos. O rival Grêmio, com uma folha aproximada de R$ 1 milhão, já conquistou vaga na Libertadores e chega à última rodada do Brasileiro com chances reais de conquistar o título nacional.

A esperança da Libertadores para o colorado se acendeu com a possível punição ao futebol do Peru, que tem 3 vagas na competição, mas apagou com a possível abertura da vaga brasileira para o 5º colocado do Campeonato Brasileiro e não para o campeão da Sul-Americana.

No mínimo falta de planejamento houve. Um clube com mais de 75 mil sócios, uma estrutura de Europa não pode ficar fora da busca por títulos esperando convite para disputar o principal torneio do continente.

Índio vai para o Al-jazira, time do campeão do mundo Abel Braga. Daniel Carvalho, promessa de retorno como nos velhos tempos, já disse que não fica. Alex, destaque no ano com convocações para a seleção não deve permanecer. Guiñazu, a melhor contratação dos últimos tempos deve receber propostas, já que quase foi embora na metade desse ano. Nilmar já está sendo assediado desde a metade do ano também.

A torcida terá que enfrentar um desmanche justamente no ano do centenário? Colorados devem esquecer o título intercontinental e começar a planejar 2009. Uma eleição se aproxima e a torcida escolherá se o atual presidente Vitorio Piffero continuará no comando ou se a oposição, liderada por Cláudio Bier, assumirá o clube em 2009.

Com o slogan “CAMPEÃO DE TUDO”, o certo é que o Internacional termina o ano como único brasileiro a ganhar todos os títulos possíveis. Isso dá moral para entrar em um ano tão importante como o de 2009.

Pagode: música brasileira com sotaque gaúcho

Por Bianca Bassani, Camila Jacques e Tafael Medeiros


É só andar por alguns minutos pelas ruas de Porto Alegre para encontrar algum amigo pronto para o pagode. Seja com um rebolo, um pandeiro ou um cavaquinho. Basta unir três ou quatro instrumentos para o som começar rolar.

Na verdade, o pagode não surgiu como um estilo musical e sim como um nome dado a festas que escravos realizavam em senzalas. Só mais tarde tornou-se sinônimo de reuniões regadas de alegria, bebida e cantoria. E com o passar do tempo o nome “pagode” foi se aproximando do gênero samba. Muitos consideram o grupo Fundo de Quintal, o primeiro do gênero no País.
Originário do Rio de Janeiro, esse ritmo tomou conta dos quatro cantos do Brasil, inclusive aqui no Rio Grande do Sul, conhecido nacionalmente por cultivar suas tradições.


Segundo o produtor Dodô Pinheiro, que acompanha o Grupo Zueira, a expansão nacional de bandas como Revelação e o Exaltasamba, influenciou a juventude e, com isso, outros grupos foram surgindo pelo Brasil.

Mesmo com o grande número de shows mensais, Dodô, como é conhecido no meio musical, ressalta a falta de incentivo dos empresários, apesar da alta receptividade do público gaúcho. “Temos muita inserção na capital e no interior, que abrem as portas para grupos que fazem sucesso no Estado. O problema está em quem nos contrata, pois sofremos com a falta de valorização, seja financeira ou de estrutura”, afirma Dodô. O produtor do Zueira conta, também, que os gaúchos ainda não estão no patamar dos pagodeiros que fazem sucesso em todo o Brasil. “As bandas de nível elevado têm uma estrutura muito melhor do que as demais, isso os ajuda bastante na carreira de sucesso desses músicos”.

Originado dos subúrbios do Rio de Janeiro, o pagode já está nas principais casas noturnas da capital Gaúcha e interior, que disponibilizam ao menos um dia da semana para a música que vem se destacando no sul do país. As quadras das escolas de samba e até o Pepsi on Stage, conhecido por receber grandes shows internacionais, abre espaço para os principais grupos de pagode do Brasil.

Anderson da Silva, estudante de Publicidade e Propaganda, conta que é assíduo freqüentador de casas noturnas adeptas ao pagode. “Costumo ir com os meus amigos e amigas. Os valores são acessíveis e é possível freqüentar tranqüilamente esses lugares. Gosto de dançar esse ritmo. É só o que toca no meu carro”, conta Anderson. Mesmo com essas facilidades o estudante ressalta que as casas podem tocar o mesmo ritmo, mas que têm públicos diferenciados.

“Costumo freqüentar lugares com um valor de entrada mais elevado, assim o público melhora em relação a lugares baratos. Isso é uma lógica difícil de ser alterada. Um bom exemplo é a Kimik, ótimo lugar para curtir um pagode nas quintas-feiras e o Café Moinhos e toca um pagode de qualidade as sextas”, afirma ele. Confira as principais casas noturnas de Porto Alegre que incentivam o pagode de qualidade. Os preços variam de R$10 a R$25.


Cord Night Club (Rua Casemiro de Abreu, 1223 e 1233) – às sextas-feiras e aos sábados;
Chalaça Bar (Praça Senador Alberto Pasquilini, 240) – às quintas-feiras e aos domingos;
Kimik (Plinio Brasil Milano, 137) – às quintas-feiras;
Café Moinhos (Rua Quintino Bocaiuva, 837) – às quartas-feiras e sextas-feiras;
Rose Place (Rua 24 de outubro, 948) – às terças-feiras.